Maya, a ilusão ou esquecimento, faz você sentir que é finito, fraco, desamparado. Isso não é verdade. Você não é o corpo.
Você não é os sentidos. Você não é a mente. Eles são todos limitados.
Você é a alma, que é ilimitada. Sua alma é infinitamente poderosa.
Sua alma desafia o espaço e tempo.
Sri Chinmoy
texto por Bhumika Barros
Se pensarmos que noções como ‘espaço’ e ‘tempo’ são projeções da nossa mente, criadas para que pudéssemos funcionar de forma, digamos, organizada, na sociedade, fica na verdade fácil de entender que o ‘desafio’ do espaço-tempo pela alma, nada mais é do que a expressão de sua (da alma) liberdade eterna. A alma não pode ser amarrada a conceitos estabelecidos pelo mundo comum dos homens. Portanto o normal para ela não é considerar tais questões.
Sei que isso fica muito vago para nossa mente (talvez um pequeno mergulho na física quântica ajudaria a clarear o assunto). Mas, aceite isso: você não é só o que é palpável. Há todo um mundo oculto, que, eu diria, vivemos também, mesmo que não conscientemente. Portanto, quando dizemos “ah, agora não, vou deixar para fazer isso mais tarde” (seja lá o que for), estamos nos conectando equivocadamente com o tempo eterno, aquele que faz parte do mundo da alma, mas não dos homens. A alma, na verdade, tem urgência em se expressar, se revelar, pois ela é uma fagulha da própria divindade! Nós, seres humanos, esquecidos que somos de nossa alma perfeita, é que usamos o tempo eterno para adiarmos e adiarmos nossas tarefas, nosso conhecimento, nossas aspirações, nossa realização.
Eu poderia estar falando de nossos objetivos comuns de vida, tais como, profissionais, relacionais etc. Conquistas que queremos alcançar na vida, mas que ainda assim, adiamos, nessa conexão equivocada com o tempo eterno (já que temos um tempo limitado de atuação nessa vida, pois perecemos, como corpo físico). Mas estou falando de algo maior, da missão que todos viemos realizar aqui, que é a revelação de que somos seres divinos, habitando um corpo humano. Que missão, não é? Pois a adiamos também. E como! Adiamos ainda que sem perceber, tudo nessa nossa vida, seja a de objetivos comuns ou a de objetivos divinos. Como? Simplesmente porque nunca estamos presentes em nada que fazemos. Já notaram? Estamos sempre no ontem ou no amanhã. Quantas vezes nos pegamos (e observar isso já seria bom) pensando no problema de ontem (e não raramente, esse ontem já está num passado bem distante…) e projetando coisas para o amanhã (projeções para daqui a cinco anos, por exemplo). Quantas vezes estamos realmente conectados com o presente? Com o que estamos fazendo e aonde estamos neste exato momento? Essa verdadeira ‘fuga’ do presente nos leva para uma vida que só existe na nossa mente e não na realidade. Na realidade, podemos estar simplesmente jantando, e isso é tudo que deveria existir, é a nossa verdade. Pensem nisso…Se pudermos viver cada realidade de uma vez, ao invés de pensarmos na que já foi ou na que poderá ser, estaremos mais próximos dos objetivos de nossa alma, que é mostrar sua face divina, pois as fugas só nos afastam de nós mesmos, já que não somos mais o que fomos um dia e não somos ainda o que iremos ser. Viver o presente, viver no presente é o nosso desafio humano para ajudar a alma a desafiar o tempo-espaço.
Apresento pois, o texto a seguir, de Sri Chinmoy, que exalta simplesmente…o Agora!
O agora
Estamos sempre dispostos a dizer que não é muito tarde para fazer alguma coisa, mas falamos que não é muito cedo para fazer algo? Não é muito cedo para fazer qualquer coisa na vida. Não é muito cedo para rezar nas primeiras horas da manhã. Não é muito cedo para realizar Deus. Não é muito cedo para revelá-Lo. Não é muito cedo para manifestá-Lo. O quão cedo realizarmos Deus, revelarmos Deus e manifestarmos Deus, mais cedo teremos um novo começo, apontando para uma meta mais elevada, mais iluminada e mais satisfatória.
Na vida espiritual não há tal coisa como, cedo. Esse momento, o Agora eterno, é o único salvador, único libertador e único preenchedor. Levantar de manhã cedo, às três da manhã, é uma tarefa difícil. Mas se você disser que é muito cedo, então eu direi que está enganado. Você está enganado, porque o que chama de cedo ou tarde, é decidido pela sua mente. É uma descoberta da sua mente, de que três da manhã é cedo e seis da manhã é tarde. É a mente que lhe diz que três da manhã é muito cedo e oito da manhã é muito tarde.
Se for além da mente, não haverá tal coisa como cedo ou tarde. Haverá apenas uma hora, que é a Hora de Deus. E onde está a Hora de Deus? Está dentro do Agora. O que é o Agora? O Agora é Deus-a Preparação, Deus-a Aspiração, Deus-a Evolução e Deus-a Perfeição sempre-transcendente.
Pergunta: Para iniciantes espirituais parece ser necessário fazer alguns ajustes entre a vida familiar e a vida espiritual. Você acha que esses ajustes terão que acontecer sempre ou eles serão transcendidos por outro tipo de relacionamento?
Sri Chinmoy: No início, se a sua avidez e o seu amor por Deus não forem intensos, se sentir que pode viver com Deus mas não só com Ele, se sentir que outros seres humanos também são necessários para a sua felicidade, então deve fazer ajustes. De outra forma, você não será capaz de permanecer na vida espiritual. Mas se sentir que pode viver apenas na Luminosidade de Deus, se sentir que não pode viver sem Ele nem mesmo por um segundo, então vá para Ele e não pense nos ajustes. Ele tomará conta de você e também dos membros da sua família. Se Deus quer que você corra o mais rápido, então você tem que saber quem é o seu mais querido – Deus ou os membros da sua família. Neste momento você está fazendo um ajuste, assim os seus entes queridos podem ficar felizes. Mas você sabe que a sua capacidade é muito limitada, enquanto que Aquele do qual está se aproximando tem uma capacidade ilimitada. Você não quer negligenciar a sua família, mas, tem que saber que não tem uma capacidade infinita de fazer a sua mãe ou pai ou irmão ou irmã, felizes. Tentando agradá-los, você chega a um tipo de ajuste. Mas se chegar à Fonte com a sua urgência interior intensa, poderá pedir ao Supremo, seu Piloto Interior, para tomar total responsabilidade pelos seus entes queridos. E Ele tem capacidade infinita de fazê-los felizes.
Quem cuidava dos seus entes queridos vinte ou trinta anos atrás, antes de você vir para esta vida? E em cinquenta ou sessenta anos, quando você deixar esta cena terrena, quem tomará conta deles? Neste momento, sentimos que somos indispensáveis. Mas quando entramos profundamente na vida espiritual, sentimos que apenas uma pessoa é indispensável, e esse é Deus. Se você precisa de Deus desesperadamente, Deus permitirá que vá para Ele diretamente. Ele lhe dará a capacidade de lidar com os membros da sua família sem ter que fazer ajustes na sua vida espiritual e dará aos seus entes queridos, a força para levar suas próprias vidas sem impedir o seu progresso espiritual.
Pergunta: A meditação com mantra pode levar à Meta?
Sri Chinmoy: Certamente um mantra pode levar à Meta. Um mantra tem poder. O poder mântrico pode facilmente levar a pessoa ao Mais Elevado, tanto quanto a oração e a meditação. Cantar um mantra também é uma forma de aproximação com Deus. Tem a sua própria eficácia e abordagem na direção do Altíssimo. Existem muitas pessoas que realizaram Deus simplesmente repetindo um mantra. Muitos, muitos indianos realizaram Deus apenas repetindo a mãe de todos os mantras, o Gayatri Mantra:
Aum bhur bhuvashvah
Tat savitur varenyam
Bhargo devasya dhimahi
Dhiyo yo nah pracodayat.
Outros mantras também são de grande ajuda mas, se puder cantar o Gayatri todos os dias, com toda a alma, isso definitivamente o levará para o Altíssimo. É pela mais alta iluminação que os buscadores cantam este mantra.
Se um Mestre espiritual lhe der um mantra específico, estará lhe oferecendo o seu próprio poder espiritual através dele. Se repetir o mantra devotadamente, será capaz de ter experiências satisfatórias e, por fim, de realizar Deus. Mas se praticar um mantra, ele deve vir direto de um Mestre espiritual que seja uma alma Deus-realizada. Ele tem que dá-lo pessoalmente a você. Não pode haver uma terceira pessoa envolvida. Se alguém na Índia disser a um dos seus discípulos não realizados: “Já que você está me representando na América, você pode dar mantras.”, o mantra que receberá desta pessoa não irá iluminá-lo nunca, nunca! Uma pessoa comum que tenha meramente estudado as escrituras, não será capaz de lhe dar a iluminação através de um mantra. Se um Mestre espiritual, uma alma realizada lhe der um mantra, apenas assim, o mantra irá lhe dar um poder sem tamanho.
Há uma maneira de um Mestre espiritual provar a sua filosofia ou a sua realização, mas você tem que permiti-lo fazer isso à própria maneira dele. Eu lhe pedirei para desistir das suas dúvidas, impurezas, apegos e desejos por alguns meses e meditar comigo sincera e devotadamente. Se me permitisse provar a mim mesmo dessa forma, muito em breve, você veria e sentiria a verdade. Mas se disser: “Não, eu não quero que você prove a si mesmo dessa forma; nesse momento, eu quero que você me mostre Deus, a Verdade e a Luz, bem diante dos meus olhos”, o que eu poderia fazer? Eu ficaria desamparado nesse momento. Eu poderia fazê-lo, mas os seus olhos interiores estariam bem fechados e você não veria nada, então, ainda duvidaria da minha capacidade e da minha verdade.
No mundo exterior você precisa dos olhos para ver se alguém está fazendo algo. Similarmente, no mundo interior você precisa do terceiro olho para ver se alguém está fazendo algo interiormente. A pessoa tem que usar a sua visão interior para ver a autenticidade do Mestre espiritual. Os olhos externos, que servem à mente, não têm utilidade para ver coisas interiores. Se você quer provar a autenticidade de um Mestre espiritual, medite e vá fundo dentro de si, aquiete a sua mente e tente entrar na Consciência universal. Só assim você verá se o homem espiritual está ou não falando a verdade; apenas assim, você se tornará um juiz competente.
Mas você não pode esperar se tornar um juiz qualificado da noite para o dia. Se quiser aprender a ser um eletricista, você se colocará nas mãos de um profissional qualificado por um ou dois anos, e seguirá as instruções dele cuidadosamente. Ao final desse período, se ele não o tiver ensinado muito bem, você poderá dizer: “Você não era qualificado” ou “Você não sabia o que estava fazendo”. A Deus-realização é um assunto infinitamente mais difícil. Se um homem espiritual diz: “Eu posso levá-lo a Deus”, você tem que seguir as suas instruções ao pé da letra, por ao menos um ano ou dois, para obter experiências preliminares, que lhe mostrarão que está no caminho certo. Se duvidar dele desde o comecinho, não estará dando uma chance nem a ele nem a você. Se o seu Mestre disser: “Eu vi a Luz e o levarei para a Luz”, você deve lhe dar uma oportunidade de conduzi-lo à Luz. Você tem que ser paciente e lhe devotar completa obediência. Eu uso a palavra ‘entrega’, mas a completa obediência é necessária até mesmo para começar. Para isso, a pessoa tem que rejeitar totalmente a mente duvidosa. Com uma enorme autodisciplina, você tem que forçar a si próprio a parar de duvidar, ainda que diga que é apenas por um período temporário. Diga: “Eu vou parar de duvidar por dois anos e dar a esse homem uma chance de me mostrar a Luz.” Mas se duvida dos seus ensinamentos no momento em que está tentando aprendê-los, estará simplesmente destruindo as suas oportunidades.
Se quiser ver alguma coisa no mundo exterior, tem que ir ao lugar onde ela está. No mundo interior também é assim. Quando uma pessoa espiritual diz que está fazendo isso ou aquilo, você tem que ir ao seu nível, ao seu plano, para ver. Tudo tem que ser visto ou sentido ou julgado no seu próprio mundo. Eu não julgo a ciência porque nunca entrei nesse mundo; não sou competente para julgá-la no seu próprio nível. A verdade física tem que ser vista no mundo físico e a verdade espiritual tem que ser vista no mundo espiritual.
Ocidentais têm um problema especial com essa mente desenvolvida. É realmente uma desvantagem na vida espiritual ter uma mente intelectual altamente desenvolvida. Mas se você transformá-la e transmutá-la, ela pode se tornar um instrumento muito útil. Eu quero contar uma estória indiana tradicional, nesse assunto:
Um buscador que estudou milhares e milhares de livros espirituais, foi a um Mestre e disse: “Mestre, eu estudei tudo que os livros podem ensinar e agora, eu quero aprender com você.”
O Mestre disse: “Você não está preparado para ser meu aluno.”
O buscador perguntou: “Como assim não estou preparado? Você tem todo tipo de gente ignorante como aluno, enquanto eu estudei muitos livros e todas as escrituras.”
O Mestre replicou: “Porque agora, o que você aprendeu, tem que ser desaprendido, já eles não têm que desaprender nada. Você tem uma carga gigante nos seus ombros. A menos que descarregue a si próprio, não aprenderá nada comigo. Mas esses alunos inocentes que eu tenho, não estão carregados com informações de livros; eles são como novos.”
Então o Mestre pediu ao buscador que trouxesse um almanaque e o abrisse numa página em particular. “Aqui está escrito que nesse exato momento vai chover pesado. Agora torça o papel. Está chovendo aqui? Torça o livro todo. Está chovendo? Você torceu o livro tão forte quanto pode, mas não choveu. Livro-conhecimento é conhecimento teórico. Só a experiência é conhecimento prático. Simplesmente desaprenda tudo que você aprendeu por tantos anos e assim, estará pronto para ser meu aluno.”
Mestres indianos às vezes são muito, muito rígidos ou talvez devamos dizer, muito rudes com seus alunos, se eles chegam com perguntas intelectuais. Algumas vezes, eles esnobam seus alunos impiedosamente. Eles querem mostrar a eles que intelectualismo desnecessário, irá apenas obstruir o seu desenvolvimento espiritual.
Pergunta: Como o Mestre reconhece quando um dos seus discípulos está alcançando um estado de consciência mais elevado?
Sri Chinmoy: A alma do Mestre irá reconhecer uma consciência mais elevada nos discípulos. Se o Mestre não souber, quem saberá? Se você for um professor, saberá pelo seu próprio conhecimento, se o aluno está indo bem ou não. Se você é um professor, isso significa que já adquiriu um certo conhecimento. Você vai comparar o conhecimento do seu aluno com o Seu próprio e, se o dele estiver próximo ao seu, saberá que ele está indo muito bem. Mas se ele não estiver nem um pouco próximo, você simplesmente dirá que ele é um aluno principiante.
Eu tenho dito repetidamente que, se você viver na mente, não importa quantas vezes tenha visto a Luz ou sentido a Verdade, você irá duvidar ou negar a sua experiência. Desde que veio para o nosso caminho, eu lhe asseguro, você viu a Luz ao menos dezessete vezes. Quando isso acontece, a visão dura cinco, dez ou quinze minutos. Então, na volta para casa, você começa a questionar consigo mesmo, se viu ou não viu. A sua mente começa a brigar com a sua própria conquista. Mas quando está meditando aqui, você realmente vê e sente a Luz. Eu posso dizer isso na força da minha própria unicidade com você. Se disser que eu estou errado, eu direi que errado está você, porque ninguém na terra pode me enganar. Eu posso entrar em você mais rápido do que você pode entrar em si mesmo. Eu sei que, ao menos dezessete vezes, você viu a Luz e sentiu a Verdade. Infelizmente, quando essas experiências entram na sua mente, ela constantemente questiona e duvida das suas próprias conquistas. Ela obtém alegria em suspeitar do que você consegue.
Mesmo aqueles que chegaram ao nosso caminho espiritual há dez ou quinze dias atrás, já viram a Luz e sentiram a Verdade na existência deles. Qualquer um que veio a este Centro e que está conectado conosco, já foi abençoado pelo Supremo com a Sua Luz. Ninguém que veio, vem ou virá ao Centro, mesmo que seja uma vez, sairá sem ser abençoado com essa Luz. Mesmo um aspirante que meditou neste Centro pela primeira vez, já foi abençoado pelo Supremo. Em primeiro lugar, é a Bênção do Supremo que trouxe aquele aspirante aqui.
Quando algumas pessoas vêem Luz ou sentem a Verdade, devido à própria ignorância, sentem desde o começo que o que estão vendo é alguma coisa errada ou não genuína. Outras pessoas aceitam a experiência da Luz por um curto tempo e não duvidam enquanto a estão vivendo. Suas dúvidas começam mais tarde, mas quando começam, já negam a experiência. Você está nessa categoria. Quando vê Luz, naquele momento, você realmente sente que é a Luz que está vendo. Quando sente a Verdade, naquele momento, você acredita. Porém, mais tarde, a perseguição da dúvida devora as suas conquistas e realizações.
Pergunta: Falando praticamente, de que forma uma pessoa deve buscar aprender a meditar?
Sri Chinmoy: Para iniciar, se a pessoa não tiver um professor e nem quiser ter um, ela tem que ler alguns livros espirituais escritos por Mestres espirituais que tenham realizado Deus, não por simples professores. Se você ler livros escritos por Mestres espirituais verdadeiros, obterá inspiração. Quando lê os livros escritos por vários Mestres, seus escritos estarão carregados com a consciência divina e a luz deles. Essa consciência entrará em você e o inspirará. Mas chegará um momento em que vai sentir a necessidade de aprender diretamente de alguém que já sabem como meditar. Nessa hora, terá que ter a ajuda de um guia espiritual.
Se você quiser aspirar intensamente e meditar regularmente, precisa de mais inspiração e aspiração. Isso tem que vir de um Mestre espiritual em quem tenha fé implícita. Só a presença Dele vai lhe dar inspiração e aspiração abundantes. Você pode falar com Ele ou, se Ele o aceitou no Seu caminho, interiormente e silenciosamente, Ele poderá lhe ensinar a meditar. Ele próprio irá meditar em você. Se Ele meditar em você por um minuto ou dois diariamente, lhe dará a capacidade de meditar por meia hora ou uma hora por dia. É o Mestre quem aumenta o poder da meditação e da aspiração no buscador.
Mas para começar no campo da meditação, eu lhe aconselho a ler livros. Quando sentir que não recebe inspiração suficiente dos livros, mesmo escritos por Mestres espirituais, deve procurar por buscadores que já encontraram algum caminho espiritual. A reunião deles é chamada satsanga – a companhia de buscadores sinceros. Se estiver com eles, conversar, se misturar com eles, da inspiração e aspiração deles, você obterá a sua prórpia força para meditar. Por fim, quando tiver o seu próprio Mestre, verá o quão rápido será capaz de progredir.
A dieta vegetariana não é apenas para aqueles que buscam um maior sentido na vida através da oração e meditação. Confira abaixo o texto do Bill Pearl, uma lenda do fisiculturismo, onde fala sobre a dieta vegetariana.
“A meditação é um presente divino. Ela simplifica nossa vida exterior e energiza nossa vida interior. A meditação nos proporciona uma vida natural e espontânea, tão natural e espontânea que não poderemos nem mesmo respirar sem estarmos conscientes da nossa própria divindade.” – Sri Chinmoy, do livro Meditação
Aprenda a meditar em Joinville – SC
Estamos programando um curso de meditação em Joinville, em Santa Catarina. O próximo curso de meditação em Joinville (totalmente gratuito) acontecerá em breve.
A segunda parte do curso terá um enfoque maior para os buscadores que visam o autoconhecimento e espiritualidade, falando sobre Mestres espirituais, caminhos e trazendo elementos práticos de autodescoberta e disciplina.
Juntando tudo isso, desde inspiração para começar até a disciplina para continuar, esperamos poder compartilhar um curso bem sério para quem realmente quer descobrir algo novo dentro de si mesmo – que você pode chamar de seu eu interior, a sua alma, a sua missão.
Para participar do curso basta preencher a ficha de cadastro logo abaixo e assim que possível entraremos em contato com as informações do curso.
Leitura recomendada para o curso
Sugerimos a leitura do livro Meditação a todos que já queiram conhecer um pouco da nossa abordagem. O livro tem muitas técnicas e dicas, e então você também pode começar a praticar já.
Pré-inscrição para as aulas em Joinville (use o link no início da página)
Mahsati Ganjavi (1098-1185) foi uma poetisa persa. O nome Mahsati é composto pelas palavras persas: Maah (lua) e Sati (Dama/Senhora). Nascida em Ganja, Mahsati ficou conhecida por um estilo de vida livre e inconvencional e foi perseguida por escrever contra o fundamentalismo, fanatismo e dogma religioso. Até aos nossos dias chegaram os seus escritos filosóficos e poemas. Especula-se sobre a ligação de Mahsati com vários intelectuais eminentes da época, como Omar Khayyám e o próprio sultão Sanjar. Aqui ficam poemas de Mahsati Ganjavi.
traduzidos de Seven Great Female Sufi Poets, translation and introduction by Paul Smith
Tua face invejada pela rosa e jasmim,
Amado,
teu olhar interessado atiça homens e mulheres,
Amado.
Pelo caminho descobri que, como um córrego graciosamente fluindo,
água corre dos meus olhos de novo, e de novo,
Amado.
Este meu corpo tem um coração repleto de êxtase
no interior…
ele tem também uma alma com mil chamas para se ver
no interior.
E quando dia e noite anseio pelo Seu rosto,
tenho dois olhos cheios de água livre corrente…
no interior!
Esse meu relacionamento, além de lábios secos e olhos úmidos
passou;
Sua flecha cruel que voa através do meu coração e alma,
passou.
Para mim, a chama do Seu amor foi como a água no raso que,
no entanto, quando nela pisei, para os meus olhos
passou.
Seu cabelo está em tal harmonia com a Sua face
que temo começar a blasfemar de inveja:
Ó Gracioso, curvar-me-ei à brisa que
do Seu rosto remover o Seu cabelo, completamente!
Quando lágrimas rubi-coloridas dos meus
olhos pingam,
água do coração da pedra e dos olhos dos
céus pingam.
Quando eles são removidos de Você, meus
olhos pingam:
do corte, sangue… claramente, meus
olhos pingam.
Desde que no mundo do amor o meu coração se tornou um rei
ele foi liberto de não acreditar, e de acreditar também.
Vi o meu eu inferior como um obstáculo no meu caminho…
quando deixei-o, meu caminho se abria para mim.
Ela que foi enfeitiçada pela Sua beleza
voltou:
aquela que, pela União com Você, sedenta…
voltou.
Limpe a gaiola, lance umas sementes de bondade:
este pássaro de asa quebrada que Você agora vê…
voltou.
A não ser que o Seu jacinto, âmbar gris rapidamente espalhe
brisa matutina do recipiente… o almíscar não se espalhará.
Se um asceta de cem anos de idade visse a Sua mão…
não me culpe se não for mais austeridade o que ele praticar.
Uma vez que estes olhos meus viram os
Seus olhos;
o sono abandonou meus olhos, longe de infelizmente,
Seus olhos.
Ó Você, cujos olhos tornam a visão de todos os outros olhos clara,
nunca meus olhos viram outros como a sua majestade,