Vídeos para meditar e sobre espiritualidade
Transcrição do da entrevista com Sri Chinmoy e legenda por Sri Chinmoy Centre Brasil
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meu primeiro poema em inglês.
Este poema em particular
eu escrevi 45 anos atrás.
A Flauta Dourada
Um mar de Paz e Alegria e Luz,
Além de meu alcance eu conheço.
Em mim, a chorosa noite, em meio à tempestade,
Encontra lugar para ecoar e escoar.
Choro em voz alta, tudo em vão;
Desolado eu, a Terra maldosa!
Que alma de poder poderia compartilhar a minha dor?
Dardo-morte é tudo o que encontro.
Sou uma jangada no mar do Tempo,
Meu remos levados embora.
Como posso esperar alcançar a Terra
Do Dia eterno de Deus?
Mas ouça! Escuto a Tua Flauta dourada
Suas notas trazem o cume ao alcance.
Seguro estou agora, Ó Absoluto!
É o fim da morte, da carranca feia da noite.
Entre o Nada e a Eternidade
Vazia de acontecimentos,
Rica em pretensões
É a minha vida terrena.
Obscuridade,
Meu verdadeiro nome.
Existo completamente
Em mim mesmo.
Nenhuma alma
Envolvo em meu abraço.
Mentor digno
Do meu calibre
Eu não tenho.
Estou todo sozinho
Entre o fracasso
E a frustração.
Sou a continuidade
Entre o Nada
E a Eternidade.
(A Penumbra da Luta)
Com uma tristeza vazia, tornei-me pesado;
Justamente como as coisas eternas, imutável é a minha aflição.
Em vão tento sobrepujar meu inimigo.
Ó Senhor do Amor! Faça-me mais morto do que as pedras.
Tua Graça de silente Sorriso nunca eu sinto;
O forjador do mal cunha minhas noites e dias.
Ao seu chamado meu corpo insone sempre responde.
Aniquilo meu coração e tento me curar.
O emudecido refugo-terra abrasa um inferno em minha alma.
Fracasso em lutar com sua perdição estupenda,
Meu alento é escravo dessa interminável escuridão.
Pela Luz eu anseio, mas descubro uma meta tenebrosa.
Nuvens-fumaça cobrem minha face de fogo do Espírito;
Despido, perambulo pela terrível e profunda noite da ignorância.
Apocalipse
Este poema em particular está entre os cinco primeiros, que escrevi há mais de 45 anos.
Dentro e fora, sou o cosmo vasto;
Em alegre gesto, lanço tudo e tudo recolho.
Um Espírito sem nascimento e sem morte, que se move e é imóvel,
Sempre reside em mim para ouvir meu chamado.
Sou eu quem crio na Terra minhas alegrias e tristezas
A satisfazer minha inigualável busca no meu jogo,
Velo minha face de verdade com matizes dourados
E vejo a noite-cobra e o dia-serpente.
Um Deleite-Consciência eu sinto em cada inspiração;
Sou a auto-amorosa criança do Sol.
A meu bel-prazer destruo e crio minha bainha-símbolo
E usufruo desimpedido da diversão do mundo.
Escrevi este poema em 1964.
Talvez seja o primeiro poema que escrevi
em solo americano.
Sou Um Ladrão
Sou um ladrão; eu roubo todas as noites.
Cada furto meu incita uma comoção
No Olho tudo-preenchedor do Supremo.
O que eu roubo? A Sua Graça, o meu sustento.
Por que eu roubo? Ele me compele.
Talvez Ele não encontre outra maneira
De alimentar a incrível fome do meu Espírito
Com o Néctar de seu Raio luzidio.
Os Peregrinos do Senhor Supremo
Somos os Peregrinos do Senhor Supremo
No Caminho da Infinidade.
Despedaçamos
A porta da obstrução.
Despedaçamos a noite
Da tenebrosa escuridão, inconsciência
E do eterno, indomável medo da morte.
O Barco da Aurora da Luz superna
Nos chama
E o Piloto-Mundo
Do laço sagrado do Amor Divino
Nos chama.
As Mãos do Libertador nos puxam
Para o Oceano do grande Desconhecido.
Tendo conquistado o alento-vida
Da Terra da Imortalidade,
E carregando erguido o Estandarte
Do Senhor Supremo,
Nós retornaremos.
Nós, as gotas e chamas
De Luz-Transformação.
Ó Meu Senhor de Beleza
Você é belo, mais belo, belíssimo,
Beleza sem-par no jardim do Éden.
Dia e noite, que Tua Imagem habite
No íntimo do meu coração.
Sem Você meus olhos não tem visão,
Tudo é uma ilusão, tudo é deserto.
Ao meu redor, dentro e fora,
Ouço a melodia das aflições sombrias.
Meu mundo está repleto de aflições excruciantes.
Ó Senhor, Ó meu belo Senhor,
Ó meu Senhor de Beleza,
Nesta vida, mesmo por um fugaz segundo,
Que eu seja abençoado com a dádiva
De ver a Tua Face.
O poema anterior e o próximo são traduções.
Eu traduzi esses poemas do original em bengali.
O Pássaro-Alma
Ó ignorância-mundo,
Apesar
De você ter algemado meus pés,
Eu sou livre.
Apesar de ter acorrentado minhas mãos,
Eu sou livre.
Apesar de você ter escravizado meu corpo,
Eu sou livre.
Eu sou livre porque não sou do corpo.
Eu sou livre porque não sou o corpo.
Eu sou livre porque sou o pássaro-alma
Voando no Céu-Infinidade.
Sou a criança-alma que sonha
No Regaço do Rei Supremo imortal.